"FLORIRAM POR ENGANO AS ROSAS BRAVAS"
Floriram por engano as rosas bravas
No inverno: veio o vento desfolhá-las...
Em que cismas meu bem? Porque me calas
As vozes com que há pouco me enganavas?
Castelos doidos! Tão cedo caístes!...
Onde vamos, alheio o pensamento,
De mãos dadas? Teus olhos, que um momento
Perscrutaram nos meus, como vão tristes!
E sobre nós cai nupcial a neve,
Surda, em triunfo, pétalas, de leve
Juncando o chão, na acrópole de gelos...
Em redor do teu vulto é como um véu!
Quem as esparze - quanta flor! - do céu,
Sobre nós dois, sobre os nossos cabelos?
Camilo Pessanha (1867-1926) nasceu em Coimbra e faleceu em Macau, foi nomeado juiz e exerceu advocacia em Mirandela, Óbidos e Macau. Hoje, é considerado um grande escritor e o expoente máximo do simbolismo.
Na minha opinião este poema demonstra tristeza, solidão, uma vida sem alegria com muito sofrimento, eu recomendo a leitura, pois ensina-nos uma grande lição de vida. (Sandrina)
O poema apresenta suavidade, amor, realidade, melancolia, expressividade, inquietações e emoções... Eu gostei do poema e recomendo a ler pois faz pensar na vida. (Sónia)
Sandrina Marques Nº17 9ºA
Sónia José Nº19 9ºA
Sem comentários:
Enviar um comentário