sábado, 6 de junho de 2015

Poema " O recreio" de Mário de Sá-Carneiro 

Na minha Alma há um balouço
Que está sempre a balouçar -
Balouço á beira dum poço,
Bem difícil de montar...

- E um menino de bibe
Sobre ele sempre a brincar...

Se a corda se parte um dia
(E já vai estando esgarçada),
Era uma vez a folia:
Morre a criança afogada...

- Cá por mim não mudo a corda
Seria grande estopada...

Se o indez morre, deixá-lo
Mais vale morrer de bibe
Que de casaca... Deixá-lo
Balouçar enquanto vive..

- Mudar a corda era fácil...
Tal ideia nunca tive... 
Mário de Sá-Carneiro, Indícios de Oiro, Colares, s/d




O poema foi escrito por Mário de Sá-Carneiro nascido em 1890 em Lisboa e suicidou-se em 1916 em Paris. Frequentou o curso de Direito, mas foi como poeta e ficcionista que se destacou, sendo um dos principais representantes do Modernismo em Portugal. Deixou uma obra diversificada, desde o teatro (Amizade, Alma), á poesia (Dispersão, Indícios de Oiro), passando pela narrativa ( A Confissão de Lúcio, Céu em Fogo). 



Na minha opinião, eu não gostei do poema porque não achei muito interessante e o poema não é muito alegre. Quando li o título tinha a expectativa que o poema fosse alegre e que deixasse uma mensagem diferente, mas quando li o poema até ao fim, vi que mostrava tristeza e perigo e não mostrava nenhuma alegria. 
João Marques Nº8 9ºC

Este poema mostra perigo. A atitude do menino foi considerada perigosa, uma vez que ele se encontra a balouçar perto de um poço, num balouço em mau estado. À medida que o poema se desenvolve, o conceito de recreio passa a estar associado a uma ideia de perigo, de possível morte. 
Eu gostei do poema, e achei interessante. Acho que mostra um pouco de coragem da parte do menino por balouçar em cima dum poço, e perigoso por causa do balouço estar em mau estado e ele continuar a balouçar nele.
Léa Dias Nº11 9ºC

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